tag:blogger.com,1999:blog-9864052422046609082024-03-12T16:18:11.244-07:00Reflexões Poéticas por Sílvia MotaPoeta e Escritora do Amor e da PazSílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Pazhttp://www.blogger.com/profile/09248745027360598811noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-986405242204660908.post-21998210541399036892009-06-14T00:17:00.001-07:002016-01-20T07:33:03.746-08:00Poeta inerte<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br /><img alt="" src="http://api.ning.com:80/files/zKl6xKsBaHg2lfz57StKWPNYprJFGVHrlWB7HLLepfVpB2bvROeKS*JTcqJufdH4m7QOdKJZkzFdoPzOnDaWot3sqhy7iuOo/19.gif" /><br /><b>Poeta inerte</b><br /><br />Humanos... trilhões de humanos,<br />numa civilização humanitária<br />que se afoga num espaço cruel e desumano...<br /><br />E eu, poeta-humana,<br />a sentir-me um albatroz-errante,<br />cujas crias são alimento<br />de marinheiros perdidos<br />que mastigam na carniça<br />seu desapego à natureza...<br /><br />E eu, poeta-tisana,<br />a sentir-me vereda triste e inútil,<br />cujas calçadas veiculam<br />bocas de fome em berro<br />que fazem do meu verso um nada<br />e deixam-me num lugar nenhum...<br /><br />E eu, poeta-insana,<br />a sentir-me baldia nesta marcha,<br />cujo tempo inexorável<br />registra-se neste mesmo instante<br />e desfaz-me em concubina<br />que elege a vida-inércia como amante...<br /><br />E eu, poeta-morta,<br />a sentir-me escárnio libertino,<br />cujo hálito fedorento<br />converte-me em coisa nula<br />e faz-me volatizar vencida<br />numa ignota fuga do depois...<br /><br />Humanos... trilhões de humanos,<br />numa civilização insossa de poetas-eu<br />que se fazem letra morta e que nas letras morrem...<br /><br /><br /> <img alt="" src="http://api.ning.com:80/files/zKl6xKsBaHg2lfz57StKWPNYprJFGVHrlWB7HLLepfVpB2bvROeKS*JTcqJufdH4m7QOdKJZkzFdoPzOnDaWot3sqhy7iuOo/19.gif" /><br /><span style="font-size: x-small;">Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz</span></center>
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<span style="font-size: x-small;">Cabo Frio, 14 de junho de 2009 – 3h56</span><br /><img alt="" src="http://api.ning.com:80/files/zKl6xKsBaHg2lfz57StKWPNYprJFGVHrlWB7HLLepfVpB2bvROeKS*JTcqJufdH4m7QOdKJZkzFdoPzOnDaWot3sqhy7iuOo/19.gif" /></center>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Poema declamado no Primeiro Encontro de Poetas Del Mundo, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">em Búzios, no dia 22 de agosto de 2009. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Subjaz implícito, nos meus versos, um convite à Ação.</span></div>
<br />
<center>
<img alt="" src="http://api.ning.com:80/files/zKl6xKsBaHg2lfz57StKWPNYprJFGVHrlWB7HLLepfVpB2bvROeKS*JTcqJufdH4m7QOdKJZkzFdoPzOnDaWot3sqhy7iuOo/19.gif" /></center>
</div>
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Pazhttp://www.blogger.com/profile/09248745027360598811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-986405242204660908.post-4015908579703621882009-05-30T21:07:00.002-07:002016-01-20T07:33:23.319-08:00Sou poeta?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<div class="texhtml breakword">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 16px;"><b><span style="font-size: 20px;"><img alt="" src="http://www.recantodasletras.com.br/usuarios/63374/fotos/777877.gif" style="height: 23px; width: 250px;" /><br /> </span></b></span><br />
<span style="font-size: 16px;"><b><span style="font-size: 20px;">Sou poeta?</span></b><br />
<br />
Assumo ser poeta...<br />
Crivado de amargura<br />
e desencanto<br />
meu eu lírico<br />
se constrói<br />
e destrói<br />
na concretude estéril<br />
do desejo.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 16px;"><b><span style="font-size: 20px;"><img alt="" src="http://www.recantodasletras.com.br/usuarios/63374/fotos/777877.gif" style="height: 23px; width: 250px;" /></span></b></span><br />
<span style="font-size: 16px;"><span style="font-size: 10px;">Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz<br />
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2009 – 00h48</span></span></div>
</div>
</div>
</div>
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Pazhttp://www.blogger.com/profile/09248745027360598811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-986405242204660908.post-74606352039316067292009-05-30T20:40:00.001-07:002016-01-20T07:33:41.090-08:00epitáfio<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A dois monstros temo e emudeço: a Morte e o Amor!<br />
<br />
Sílvia Mota.<br />
Rio de Janeiro, 2002.</div>
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Pazhttp://www.blogger.com/profile/09248745027360598811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-986405242204660908.post-50634801120049226892009-05-30T20:35:00.001-07:002016-01-20T07:34:33.201-08:00Minha Mãe, Flor Imarcescível!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/_rMNbbbYpGgo/S-Xnv2n7AxI/AAAAAAAACbY/SZsLqOia9Wg/s1600/mamaeroupaoncinha-linda.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469032131814163218" src="http://2.bp.blogspot.com/_rMNbbbYpGgo/S-Xnv2n7AxI/AAAAAAAACbY/SZsLqOia9Wg/s200/mamaeroupaoncinha-linda.jpg" style="height: 159px; width: 200px;" /></a><br />
Bela, aos 80 anos (18 fev. 2010)<br />
<br />
<br />
<b>Mamãe</b><br />
<br />
<br />
Ainda jovem escrevi, em tua homenagem, um poema, do qual não me recordo, com precisão, os versos... Lembro-me, apenas, ter construído, a partir da pureza adolescente, uma declaração de amor ao sentimento de amor extravasado, continuamente, através dos teus poros.<br />
<br />
Exaltei-te a face, o sorriso, as palavras... e tudo quanto exsurgia diante dos meus olhos a se plantar robusto na minh'alma... Por esse poema, colhi um prêmio oferecido aos jovens estudantes da região. Mas, pergunto-me, se foi a cadência poética ou o amor ali descrito, a verdadeira razão daquela vitória... Em realidade, isso pouco importa, agora, não obstante interesse que sobrevivam, insignes, o amor, o respeito e a admiração ali descritos, arraigados na minha vida.<br />
<br />
Mamãe, ao invés de tão somente construíres morada no meu coração, dele fizeste domicílio eterno e inextinguível...<br />
<br />
Ao meu pensar, diviso serem as estrelas das noites ineptas para enunciar tuas bondades; as águas dos oceanos insuficientes para asfixiar tua fé inquebrantável e as montanhas que ladeiam nossas terras, quedam-se anemizadas, ante o verdor da esperança, contagiante, expressada nos teus gestos de patriotismo.<br />
<br />
Ao pensar em ti, minha Mãe, confundo-te gata e leoa, mansa e feroz, no carinho ou defesa dos teus filhotes...<br />
<br />
<br />
Ao ambicionar ser exemplo do que és, Mãe poeta, perco-me nas raias do simples arremedo - tão grandiosa és - e, ao ensejo de ser educadora, arruíno-me num confronto às palavras, pois não cultivei a abnegação e a benevolência naturais das tuas atitudes.<br />
<br />
<br />
Ao cobiçar ser espelho de ti, Mãe amante atraente, não ultrapasso a falível paixão e, ao desejar ser pura, só consigo despertar os prazeres da carne mais profundos.<br /><br />Não me foi exeqüível, até o momento, desenovelar os limites da minha incapacidade de ser assim - cabalmente humana - da forma como és, minha Mãe!<br /><br />Engraçado... ainda hoje, estorvo-me, ao procurar vocábulos ou expressões suficientes para definir-te e, neste momento de inaptidão reconhecida, restrinjo-me a ser a menina-moça de outrora, quando encerrou assim o seu poema:<br /><br /><b>"Minha Mãe é o ser imarcescível</b><br />
<br />
<br />
que eu descrevo nestas simples linhas.<br />
Seu amor é tão grande, imensurável,<br />
que já não cabe nestas frases minhas."<br />
<br />
Felicidades, mamãe!!!<br />
Um beijo carinhoso da filha,<br />
Sílvia Mota.<br />
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*****************************************<br />
Homenagem realizada no Dia das Mães, 13 de maio de 2001, quando a mente fabulosa da minha mamãe (hoje perdida aos sonhos e pesadelos, quem sabe?) ainda conseguia reconhecer em mim sua segunda filha.<br />
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Notas:<br />
<br />
Nada, nenhum título ou prêmio (e não foram poucos!) fez com que mamãe deixasse de ser mulher simples, devotada ao seu primeiro e único amor, mãe extremada, patriota em essência e professora primária ativa na missão de transformar os pequeninos seres que se colocavam aos seus cuidados, em cidadãos conscientes dos seus deveres.<br />
<br />
Em homenagem à minha Mãe - Mariinha Mota - cultivo apaixonadamente minha essência poética, dedicando-lhe quaisquer atividades que venha a desenvolver e quaisquer vitórias que mereça ostentar nesta seara.<br />
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</div>
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